quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Em Busca do impossível

Procuro você, e não o encontro.E   quanto mais o procuro, mais anseio por encontrá-lo, aprisionada na sensação de que, ao encontrá-lo, encontrarei, enfim, a parte perdida de mim mesma, sem a qual jamais retornarei à minha unidade.
Procuro você, pessoa especial, capaz de guardar segredos já tão pesados dentro de mim, segredos da ternura que escorrega por minhas mãos estendidas à sua espera, por tanto, tanto tempo.
Procuro você que se deixe invadir pela música, até que ela o transporte, como faz a mim, a um campo verde e orvalhado onde seja possível respirar o ar puro de uma manhã vestida de esperança.
Procuro você que tenha coragem de levantar às quatro horas da madrugada para dançar na chuva ao som do Sinatra; e que ame de verdade a chuva — este pranto divino que lava a terra e prepara a alma; que se deixe levar pelo pôr-do-sol dourado sem medo de não retornar nunca mais, e que adormeça, junto a mim, embalado pelos acordes perfeitos de Sonata ao Luar.
Procuro você que me respeite como ser humano; que usufrua da doçura da minha feminilidade mas também aplauda a força que me mantém viva; que seja forte e equilibrado para não se sentir ameaçado pelas minhas vitórias, e que continue forte e equilibrado para não se deixar abater pelas minhas derrotas. 
Procuro você que queira de mim uma companheira, uma amiga, uma amante e um porto seguro, mas que nunca me tire a seiva que me nutre nem me sugue a vida ou tente me transformar naquilo que não posso e não quero ser.
Procuro você que através do mais infinito amor me liberte para que eu possa me alongar em você até que então, juntos, aprendamos a dançar o mesmo e perfeito compasso.
Procuro você que precise de mim por me amar inabalavelmente e que jamais me ame simplesmente por não poder viver sozinho. Que queira lutar ao meu lado contra o mundo inteiro, se preciso for e que me veja, sempre, como alguém IGUAL a você.
Procuro você QUE ME ACEITE COMO SOU, que respeite minhas limitações e se orgulhe da coragem com que luto contra elas. Que compreenda meus silêncios e os veja como um processo profundo de auto-conhecimento e busca daquilo que é melhor para mim, pois quanto mais eu crescer, tanto maior será minha capacidade de me dar a você. 
Procuro você que acenda, vez por outra, o fósforo que reaviva a chama da nossa paixão; que não se esqueça de me trazer flores e lembrar nossas datas especiais; que ligue num momento qualquer só para dizer que sentiu saudades, e que cerque de carinho ANTES de me sentir escapar.
Procuro você QUE FALE SEMPRE A VERDADE, mesmo que ela doa e faça sangrar, e ainda que a verdade seja contra tudo aquilo que julgarmos importante para nós tenha humildade suficiente para reconhecer-se humano  e passível de errar.
Procuro você que se emocione quando eu disser baixinho que o quero tanto que chega a doer em mim, que me abrace forte quando houver tempestades lá fora e que converse comigo quando a insônia me fizer companhia.
Procuro você que seja sensível, carinhoso e sensual, que beije com a alma e sinta meu corpo como uma extensão do seu; que aprenda a desnudar meus mistérios e despertar meus desejos reprimidos e que me faça vibrar de amor e paixão para que, como recompensa, me receba então com toda a intensidade com que serei capaz de me dar.
Procuro você, minha metade perdida, minha metade escondida, para que viaje comigo àquela estrela distante a fim de que, transcendendo nossa condição de homem e mulher comuns, possamos realizar o nosso destino.
       (Maria Teresa)

O AMOR NÃO ACABA, NÓS É QUE MUDAMOS (Martha Medeiros)



Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e 
depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?


O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são substituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.


Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.


O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.

Amor à distância( Paulo Fuentes)



Um amor que chega sem ser esperado,
que não pede permissão para entrar,
mas que invade o corpo inteiro,
como se dono fosse do meu ser.
Um amor que vi aos poucos 
dentro de mim crescer!
Um amor que a distância não impediu
de aflorar na minha existência tão sem graça,
que me trouxe a alegria de estar vivo,
que despertou a emoção adormecida!
Quando descobri que estavas em minha vida.
Ah! Esse amor que chega a doer de tanta saudade,
que anseia em seus braços um dia ser aconchegado,
que sonha com seu rosto um dia acariciar,
em teu corpo os delírios do prazer sentir.
E o seu coração com o meu amor seduzir!
Ah! Esse amor... Esse amor...
Que deixa meu corpo em brasas.
quando em sonho muitas vezes acordado,
sinto o seu corpo sob o meu, 
e assim por ti estar sendo amado.
O que seria a de mim se não sonhasse!
Talvez perdesse a esperança...
Mas eu sonho, e tenho esperança
que um dia em nossas vidas vou lhe encontrar,
com meu carinho e meu amor poder dizer
que e eu nasci para lhe amar 
e ser amado por você!

Nenhum de Nos-Você vai lembrar de mim

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?

Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

sou quase normal

Sigo a vida conforme o roteiro, sou quase normal por fora, pra ninguém desconfiar. Mas por dentro eu deliro e questiono. Não quero uma vida pequena, um amor pequeno, uma alegria que caiba dentro da bolsa. Eu quero mais que isso. Quero o que não vejo. Quero o que não entendo. Quero muito e quero sem fim. Não cresci pra viver mais ou menos, nasci com dois pares de asas, vou aonde eu me levar. Por isso, não me venha com superfícies, nada raso me satisfaz. Eu quero é o mergulho. Entrar de roupa e tudo no infinito que é a vida. E rezar – se ainda acreditar – pra sair ainda bem melhor do outro lado de lá.
Fernanda Mello
Talvez um dia vc vai se perguntar onde estar aquela garota que gostava de chorar?
Talvez ela não gostasse de chorar mas gostasse de vc!

O CÉU E O INFERNO


Há uma história rabínica que conta a experiência de um homem que vai visitar o Céu e o inferno. Fica impressionado quando percebe que tanto no Céu como no inferno há fartura de comida. E mais, que não há restrição alguma. Repara ainda que as colheres são imensas, com longos cabos. A diferença é que no inferno todos são muito, muito magros. Raquíticos. E, no Céu, todos são saudáveis. O Homem fica abismado. Se a comida é a mesma, se não há restrição alguma, onde está a diferença? A diferença está na solidariedade. No inferno, cada um tentava alimentar a si mesmo, e como os cabos das colheres eram imensos, eles derrubavam toda a comida e não conseguiam comer. No Céu, ao contrario, um colocava a comida na boca do outro, assim todos se alimentavam.
Não existe vida sem as outras pessoas, sempre precisamos de alguém,por isso viva com o amor...exercite o amor através de palavras e atos.........